Dezengrini, R.; Welblen, R.; Flores, E. F. Soroprevalência das infecções por parvovírus, adenovírus, coronavírus canino e pelo vírus da cinomose em cães de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. Não há predisposição por raça ou sexo e, apesar de acometer cães em qualquer idade, indivíduos entre 3 e 6 meses de vida são mais susceptíveis. Dependendo da cepa viral, a mortalidade para cinomose varia entre 50% e 90% dos casos. No entanto, ter alguns cuidados como evitar que o cachorro fique brincando com outros animais desconhecidos (e que possam não estar vacinados) e evitar o compartilhamento de comedouros, também reduzem o risco de pegar a doença. Nos casos mais graves, em que o vírus consegue chegar no sistema nervoso, podem ainda existir alterações de comportamento, contrações musculares involuntárias e convulsões.
A cinomose é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente cães, mas também pode acometer outros mamíferos. Causada pelo vírus da cinomose canina (CDV), a enfermidade pode levar a complicações severas, incluindo infecções respiratórias, distúrbios neurológicos e hepatite. A transmissão ocorre através do contato direto com fluidos corporais de um animal infectado, como secreções nasais e saliva, podendo também ocorrer pela inalação de partículas virais no ambiente. Diante da gravidade da doença e da necessidade de um diagnóstico preciso, o exame de sorologia para cinomose veterinária se torna uma ferramenta essencial na prática clínica. A sorologia permite a detecção de anticorpos específicos contra o CDV, ajudando na identificação de cães que estiveram expostos ao vírus, e na avaliação da imunidade em animais vacinados. Só através de um diagnóstico correto é que podemos adotar medidas adequadas de tratamento e prevenção, contribuindo para a saúde e o bem-estar dos animais e, consequentemente, para a saúde pública, uma vez que a cinomose pode ser um indicador de condições sanitárias nos ambientes onde cães e outros mamíferos coexistem.
Mas como mostramos no início deste artigo, este exame também serve para verificar a presença de outras doenças no organismo do animal. Citamos a sorologia veterinária em relação à raiva, pois é um assunto que desperta muita dúvida nos tutores. Para que os resultados sejam satisfatórios, em relação ao vírus da raiva, por exemplo, o organismo do gato ou do cão deve entregar resultado igual ou acima de 0,50 UI/ml. Este exame é conhecido pela rapidez com que é executado e pela precisão nos resultados que entrega.
O que é a Sorologia?
A análise do líquido cefalorraquidiano (LCR) é indicada em todo animal com doença neurológica sem diagnóstico conclusivo. No estágio agudo de desmielinização não ocorrem alterações inflamatórias detectáveis no líquor e a detecção de antígeno viral é mais frequente. Na fase crônica, pode se encontrar principalmente pleocitose linfocítica e aumento de proteínas, além de aumento de anticorpos contra o vírus, que oferece evidência de encefalite pela cinomose, pois estes anticorpos são produzidos localmente. Atualmente, a RT-PCR tem detectado o vírus da cinomose em diferentes tipos de amostras biológicas provenientes de cães com sinais clínicos sistêmicos ou neurológicos, inclusive urina de cães com encefalite aguda ou crônica. Tanto a RT-PCR quanto a reação de imunofluorescência direta podem ser positivas em animais poucos dias após a vacinação. Portanto, o tempo mínimo entre vacinação e o exame em cães doentes deve ser de seis semanas para excluir resultados falsos-positivos. O sequenciamento dos genes amplifi cados pela RTPCR pode levar a classifi cação das cepas virais diferenciando as selvagens das vacinais.
Sorologia é o estudo de soro sanguíneo para detectar e quantificar a presença de anticorpos específicos ou antígenos relacionados a infecções. No caso da cinomose, a sorologia é utilizada para verificar a presença de anticorpos contra o CDV, indicando se o animal já foi exposto ao vírus ou se foi vacinado. Esse tipo de teste é crucial não apenas para o diagnóstico, mas também para a definição do estado imunológico do animal, podendo auxiliar na tomada de decisões sobre vacinação e manejo clínico.
Importância do Exame Sorológico na Prática Veterinária
O exame sorológico para cinomose veterinária é fundamental em diversas situações clínicas. Primeiramente, ele pode confirmar o diagnóstico em cães que apresentam sintomas suspeitos, como febre, secreções oculares e nasais, e alterações neurológicas. Além disso, auxilia na avaliação da eficácia do programa de vacinação, permitindo ao veterinário identificar se os animais estão adequadamente protegidos contra a doença. Em rebanhos ou canis, a realização de exames em massa pode revelar surtos latentes, possibilitando intervenções antecipadas para controle da infecção. Dessa maneira, o exame sorológico não só direciona o tratamento, mas também desempenha um papel preventivo significativo na saúde pública veterinária.
Como é Realizado o Exame?
O exame sorológico para cinomose geralmente envolve a coleta de uma amostra de sangue do animal, que é então submetida a análises laboratoriais. Testes comuns incluem a Imunofluorescência Indireta (IFI) e ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay), que detectam anticorpos IgM e IgG. A interpretação dos resultados deve ser realizada por um veterinário experiente, pois é fundamental considerar o histórico vacinal do animal e os sintomas clínicos apresentados.
Interpretação dos Resultados
Os resultados do exame sorológico podem indicar diferentes cenários. Um resultado positivo para anticorpos IgG sugere que o animal foi exposto ao vírus ou vacinado adequadamente, enquanto a presença de anticorpos IgM pode indicar uma infecção recente. Resultados negativos, por outro lado, podem sugerir que o animal não foi exposto ao vírus, mas é importante lembrar que, em alguns casos, cães vacinados podem apresentar resultados falso negativos temporariamente. Assim, a interpretação deve considerar o contexto clínico e o histórico vacinal do animal.
Considerações Finais
O exame sorológico para cinomose veterinária é uma ferramenta indispensável no diagnóstico e manejo da doença, proporcionando informações cruciais para a saúde dos cães. A realização deste exame deve ser parte integrante dos protocolos de saúde para evitar surtos e garantir a proteção dos animais. Com a identificação precoce da infecção e a avaliação adequada do estado imunológico, os veterinários podem implementar estratégias mais eficazes de tratamento e prevenção, contribuindo assim para o controle da cinomose e a saúde geral da população canina.
O que é a cinomose e sua importância na veterinária
A cinomose é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente cães, mas também pode infectar outros animais como raposas e morcegos. O vírus responsável é o Morbilivirus, que causa uma série de sintomas, incluindo problemas respiratórios, neurológicos e gastrointestinais. A detecção precoce é crucial, e é aqui que os exames sorológicos desempenham um papel fundamental na diagnose e controle da doença.
A sorologia como ferramenta de diagnóstico
Os exames **sorológicos** são essenciais para a detecção de anticorpos contra o vírus da cinomose no organismo do animal. Esses testes permitem que os veterinários avaliem se um cão já esteve exposto ao vírus, mesmo que não tenha mostrado sintomas. A sorologia é especialmente útil em casos onde a **imunidade** do animal é uma preocupação, ajudando a determinar se foi vacinado de forma eficaz.

Tipos de testes sorológicos para cinomose
Existem diversos tipos de testes **sorológicos** que podem ser realizados, sendo os mais comuns: - **Teste de ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay):** fornece resultados rápidos e é amplamente utilizado devido à sua precisão. - **Imunofluorescência Indireta (IFI):** detecta a presença de anticorpos, permitindo um diagnóstico mais detalhado em comparação com o ELISA. - **Teste de hemaglutinação**: avalia a capacidade dos anticorpos de interferir na aglutinação de glóbulos vermelhos, embora seja menos comum. Esses testes fornecem informações cruciais sobre a **status imunológico** do animal e podem guiar decisões sobre vacinas e cuidados futuros.
Interpretação dos resultados dos testes sorológicos
A interpretação correta dos resultados dos exames sorológicos é essencial para a tomada de decisões clínicas. Um resultado positivo indica a presença de **anticorpos**, sugerindo que o animal pode ter sido exposto ao vírus ou vacinado anteriormente. Em contrapartida, um resultado negativo pode indicar que o animal não foi exposto ou que a vacinação não gerou uma resposta imunológica suficiente. É importante considerar o **histórico clínico** do animal e, se necessário, realizar exames complementares para uma avaliação mais precisa.
Importância da vacinação e acompanhamento sorológico

A vacinação é a principal estratégia de prevenção da cinomose. A sorologia é uma ferramenta importante para avaliar a imunidade do animal após a vacinação, garantindo que ele esteja protegido contra a doença. Exames regulares são recomendados para monitorar a resposta imunológica, especialmente em populações de risco, como animais em abrigos ou aqueles em contato com muitos outros cães. O acompanhamento sorológico é uma prática veterinária que pode reduzir a incidência de casos da doença.
Limitações dos testes sorológicos
Embora os testes sorológicos sejam úteis, possuem algumas limitações. exame para cinomose canina pode ocorrer, levando ao diagnóstico errado de infecção. Por outro lado, também existem casos de falso negativo, especialmente em situações em que o animal ainda não desenvolveu uma resposta imunológica suficiente após a exposição ou vacinação. Portanto, é crucial que os **veterinários** considerem esses fatores ao avaliar os resultados e utilizar os testes em conjunto com outros métodos diagnósticos.
Papel do proprietário na saúde do animal
Os proprietários desempenham um papel essencial na saúde dos seus cães. A manutenção de um calendário de **vacinação** regular, a observação de sinais clínicos e a realização de testes sorológicos conforme recomendado pelo veterinário são partes fundamentais para garantir a saúde e o bem-estar do animal. A educação sobre a cinomose e a proatividade na **saúde preventiva** podem ajudar a reduzir a disseminação da doença e proteger a população canina em geral.